quarta-feira, 22 de julho de 2015

Minha pintura analisada por Elisabete Lucas


A pintura de Ana Maria é um passeio pelo sossego da arte 

Terá a arte de ser fantasmagórica ,assombrosa ,inquietante ? Terá a arte de transtornar,
de confundir ,de perturbar ? Uma resposta categoricamente afirmativa ou decisivamente
negativa ganham aqui igual merecimento ,porque a diferença se faz no contexto e não
na ordem das considerações ou das verdades absolutas ,que habitam outros espaços
Afirmar que a pintura de Ana Maria denota desassossego ,mas é , em simultâneo ,
tranquilizante ,está longe de ser uma agregação abusiva de sentidos ,pela razão simples
de traduzir um estado

As obras comunicam-nos um olhar sobre o mundo ,exterior e interno ,amadurecido,
que relativiza os problemas ,as dificuldades ,os  anseios ,os medos .Ana Maria não se
esquiva aos sentimentos ,adversos ou a retratá-los nas suas obras ,com configurações
mais ou menos evidentes .Não se esquiva ,mas regista-os com um contorno de quem
sabe que muitas vezes o que é complexo tem respostas simples  .De  quem sabe que ao
que parece definitivo e irremediável ,com frequência apenas falta espaço e tempo para
deixar cair o manto de irrevogabilidade ,É por que quando pinta ,por exemplo ,um
Cristo com uma coroa de espinhos na cabeça não se cinge ao sofrimento ,e acende uma
lanterna que permite ver mais longe

A pintura de Ana Maria é amena ,mesmo quando o seu assunto se alimenta de dor.
Existe nela uma certa quietude ,um certo sossego ,que nega sustentar-se  do que é rude
e grotesco e se exprime com uma subtileza madura ,confiante de que há sempre outros
caminhos ,outras escolhas,outras possibilidades.

Pintando com clareza ,com limpidez ,a artista abstém-se das abordagens que vivem
da confusão ,da obscuridade ,do conflito para se fazerem notar. Consegue ,com isso ,
estabelecer o seu próprio caminho ,pintado com cores que não se apresentam turvas ,
não procuram  toldar o olhar ,não pretendem  embaciar os espíritos ,É um prazer observar
a sua obra ,no sentido em que esta se deixa chegar perto ,convida ,e não se apresenta
viciada de muros que é preciso escalar para em profundidade no trabalho do
artista .A pintura de Ana Maria é um passeio pelo sossego da arte .Priva-se do conforto
Desposa-se da disputa .Vive num patamar ,o dos lugares onde há sempre  uma
pincelada calmante  ,confiante ,assim como no mundo há sempre uma porta aberta  á
esperança .Ou era bom que houvesse !

      Elisabete Lucas



 





segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

terça-feira, 22 de abril de 2014

fio de prumo: Ao rubro!

fio de prumo: Ao rubro!: Creio que o fenómeno não é apenas nacional. E agora deixou de ser apenas dos homens.Refiro-me, já adivinharam,ao futebol e ao seu imenso

quarta-feira, 25 de maio de 2011

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quarta-feira, 20 de abril de 2011

terça-feira, 19 de abril de 2011